sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Lectio Divina - 24/08/12






SEXTA-FEIRA -24/08/2012



PRIMEIRA LEITURA: Apocalipse 21,9-14

•    Um dos livros mais belos, porém, por sua vez mais difícil de ser lido é o Apocalipse. Nesta passagem que nos propões a liturgia, hoje na festa de um dos doze apóstolos, podemos dar-nos conta da importância que, já desde a primeira comunidade, tinham para estes “alicerces” da Igreja. Por outro lado, nos fala da “noiva do Cordeiro” na qual se identifica com o povo de Deus, não só o novo, “os doze alicerces”, mas também do Antigo, “as doze tribos”. No pensamento do autor entendemos que, nós o povo de Deus, somos essa noiva, a qual se abre as “portas” do AT, mas, que encontra seu “fundamento” no ensinamento dos apóstolos, isto é, “na Igreja”. Finalmente, a maioria dos místicos, nos fala dos “esponsais espiritual” com Deus. Pois bem, este não é só um regalo de Deus para aqueles que alcançam aqui na terra um alto grau de união com Deus (diz Santa Tereza de Ávila que todos somos chamados a esta intimidade), mas para todos os cristãos. Você e eu somos essa noiva, com a qual Jesus quer manter uma bela e profunda relação de amor e de intimidade. Dedique um tempo para o silêncio e Ele te apaixonará e te mostrará coisas que não conhece.



ORAÇÃO INICIAL

• Oh Deus, que unes os corações de teus fiéis em um mesmo desejo, inspira a teu povo o amor a teus preceitos e a esperança em tuas promessas, para que, no meio das vicissitudes do mundo, nossos corações estejam firmes na verdadeira alegria. Por Nosso Senhor...




REFLEXÃO

João 1,45-51

•    Jesus voltou para a Galiléia. Encontrou Felipe e o chamou: Siga-me! O objetivo do chamado é sempre o mesmo: “seguir Jesus”. Os primeiros cristãos insistiram em conservar os nomes dos primeiros discípulos. De alguns conservaram até os apelidos e o nome do lugar de origem. Felipe, André e Pedro eram de Betsaida (Jo 1,44). Natanael era de Caná (Jo 22,2). Hoje, muitos esquecem os nomes das pessoas que foram a origem da comunidade. Lembrar os nomes é uma forma de conservar a identidade.
• Felipe encontra Natanael e fala com ele sobre Jesus: “Encontramos àquele de quem Moisés escreveu na Lei e também os profetas. É Jesus, o filho de José de Nazaré”. Jesus é aquele para quem apontava toda a história do Antigo Testamento.
• Natanael pergunta: “Mas, pode sair algo bom de Nazaré?”. Possivelmente em sua pergunta emerge a rivalidade que costumava existir entre as pequenas aldeias de uma mesma região: Caná e Nazaré. Além disto, segundo o ensinamento oficial dos escribas, o Messias viria de Belém na Judéia. Não podia vir de Nazaré na Galiléia (Jo 7,41-42). André dá a mesma resposta que Jesus havia dado aos outros discípulos: “Vem e verá!”. Não é impondo, mas vendo, que as pessoas se convencem. Novamente, o mesmo processo: encontrar, experimentar, compartilhar, testemunhar, levar à Jesus!
• Jesus vê Natanael e diz: “Aí vem um verdadeiro israelita, sem falsidade!”. E afirma que já lhe conhecia, quando estava debaixo da figueira. Como é que Natanael podia ser um “autêntico israelita” se não aceitava Jesus como Messias? Natanael “estava debaixo da figueira”. A figueira era o símbolo de Israel (Cf. Mi 4,4;Zc 3,10; 1Re 5,5). Israelita autêntico é aquele que sabe desfazer-se de suas próprias idéias quando percebe que não estão de acordo com projeto de Deus. O israelita que não está disposto a esta conversão não é nem autêntico, nem honesto. Eles esperava o Messias segundo o ensinamento oficial da época (Jo 7,41-42.52). Por isto, inicialmente, não aceitava um messias vindo de Nazaré. Mas, o encontro com Jesus lhe ajudou a perceber que o projeto de Deus nem sempre é como a gente imagina ou deseja que seja. Ele reconhece seu engano, muda de idéia, aceita Jesus como messias e confessa: “Mestre, tu és o filho de Deus, tu és o rei de Israel!”. A confissão de Natanael não é a mesma do começo. Quem for fiel, verá o céu aberto e os anjos que sobem e descem sobre o Filho do Homem. Experimentará que Jesus é a nova aliança entre Deus e nós, os seres humanos. É a realização do sonho de Jacó (Gn 28,10-22).





PARA REFLEXÃO PESSOAL

• Qual é o título de Jesus que mais você gosta? Por quê?
• Existe intermediário entre você e Jesus?





ORAÇÃO FINAL

• (SALMO 145,17)
• Hoje serei respeitoso com o próximo em minhas ações, em minhas palavras, em meus pensamentos, em minha relação com todos.





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